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A vida de Teresa, uma rapariga de quinze anos, muda radicalmente quando os pais deixam Lisboa para irem viver em Nova Iorque. Não estando preparada para a vida na América, nem para uma nova língua, Teresa encontra refúgio no seu particular sentido de humor e no único amigo, Angel, um rapaz brasileiro de dezasseis anos, bonito, mas desastrado, que adora John Lennon e a sua música. Mas o mundo de Teresa desmorona-se completamente no dia em que o pai morre e a deixa, a ela e ao irmão mais novo, com uma mãe negligente e consumista.
Num registo um pouco diferente daquele a que habituou os seus leitores, mas sempre inteligente e igualmente brilhante, Richard Zimler criou, em Ilha Teresa, uma personagem feminina de grande densidade, cuja voz, profunda e espirituosa, nos faz penetrar no mundo por vezes inescrutável da adolescência.
CRÍTICAS
Num registo bastante diferente do que tem habituado os seus leitores, Zimler constrói uma história verosímil – onde nem faltam menções a assuntos da atualidade […] ou a anteriores romances seus como Os Anagramas de Varsóvia – que agarra o leitor desde as primeiras páginas.
Ana Paula Gouveia
CRÍTICAS DE IMPRENSA
Teresa é a metáfora que serve a Zimler para falar da diferença e do estigma. [… ] E a “Ilha Teresa” não é mais do que Teresa, do princípio do fim, no seu isolamento, no modo de interpelar o que a rodeia. Sarcástica, cruel, inconformada, irmã protectora do pequeno Pedro, de sete anos. Teresa que não entende e quer entender tanta coisa, uma personagem feminina de uma densidade capaz de a fazer sobreviver a um romance marcado pela sensibilidade e a sensação de partilha de algo proibido de tão íntimo que é. Nós temos o privilégio de entrar nessa intimidade através da voz do inconfessável, a voz de Teresa. Como cúmplices de um segredo. Amargo e cheio de ironia.
Isabel Lucas, Diário Económico