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Quase tudo aconteceu na obra de Júlio Pomar depois do neo-realismo (ou novo realismo, como preferia escrever), o qual durou só os 10 anos iniciais - por isso o título. E, aliás, o neo-realismo não foi o que dele se disse.
Filho do pintor, autor do respectivo Catálogo Raisonné, comissário e colaborador de algumas exposições, Alexandre Pomar reuniu os seus escritos sobre Pomar e o seu tempo, inéditos ou publicados, mas sempre inteiramente revistos, percorrendo a longa carreira e formulando interpretações originais que se confrontam com as versões académicas habituais: a afirmação da Geração de 45, a partir dos Independentes do Porto; a informação americana vinda na 2.ª Guerra e a formação cosmopolita; as obras modernas trocadas com os artistas amigos; e o segundo período militante dos anos 50, antes de passar a outros caminhos. Visita-se a aventura dos frescos do Batalha, o período pop iniciado nos anos 60, as obras brasileiras e a última pintura literária e de História.
Dois anexos incluem 25 escritos inéditos ou dispersos do artista e também correspondência com interesse biográfico, com Mário Dionísio, Manuel Vinhas, Paula Rego ou Cardoso Pires, e cartas para os filhos dos primeiros anos de Paris.