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Um romance precursor pelo retrato que traça de uma mulher que se rebela contra a sua condição e busca a sua independência na Espanha do pós-guerra.
Num acto de rebeldia, Paulina Goya decide tomar as rédeas da sua vida e romper com as figuras masculinas das quais depende. Aos trinta e três anos, separa-se do marido e da família, abandona o amante e ruma a Madrid, onde, com um filho a seu cargo, se reconcilia com o seu passado e constrói para si uma vida nova. Torna-se ela mesma uma "mulher nova", que encontra na espiritualidade cristã um caminho para a sua emancipação e libertação, ao arrepio da sociedade espanhola conservadora da década de 1950.
Publicado em 1955, uma década depois de Nada, que consagrou Carmen Laforet como a grande revelação da literatura espanhola do pós-guerra, A Mulher Nova - vencedor do Premio Nacional de Literatura de 1956 e do Premio Menorca de Novela de 1955 - constitui um romance pioneiro da literatura feminista, incompreendido à época, que retrata uma mulher em busca da sua liberdade, num mundo que, histórica e socialmente, sempre lha negou.
CRÍTICAS
«Carmen Laforet é a primeira escritora na história da língua espanhola a dar-nos um retrato completo e aberto da alma feminina a partir do seu interior.»
Ramón J. Sénder