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A estreia de um dos maiores pensadores do século XX em Portugal.
NÓS, FILHOS DE EICHMANN (1988) reúne duas cartas - a primeira escrita no rescaldo da leitura de Eichmann em Jerusalém, de Hannah Arendt, e a segunda nos anos 80 - dirigidas ao filho mais velho do infame responsável pela logística das deportações nazis. Günther Anders diz não pretender revisitar o passado recente, mas evitar a repetição da monstruosidade e falar ao presente, a uma humanidade que a todo o momento pode recair na barbárie. Porque o avassalador progresso técnico converteu o mundo numa máquina de tal forma complexa, que excede a compreensão dos que nela participam e oculta o carácter lesivo de acções quotidianas, abrindo o caminho para a falência moral que nos transformará a todos, peças da engrenagem, em filhos de Eichmann.