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Estes poemas inéditos foram cedidos por Dario Gonçalves, amigo de Eugénio de Andrade e companheiro de viagens, durante os últimos dezoito anos da vida de Eugénio. Entenda-se por poemas inéditos, aqueles textos poéticos (em prosa ou em verso) que não integram a compilação de todos os poemas escolhidos por Eugénio, e que constam do livro intitulado Poesia, publicado sob a direção de Arnaldo Saraiva que cita, na mesma obra, Eugénio de Andrade: «O que se reúne neste volume (com a exceção de uma vintena de poemas destinados a próximo livro) é toda a poesia do autor. Livros e textos ficam assim definitivamente - esperemos! - arrumados e fixados», in Poesia, Fundação Eugénio de Andrade, setembro de 2000.
Depreende-se que Eugénio tencionava publicar mais poemas que guardava na sua gaveta. Por outro lado, muitos dos poemas publicados têm a assinatura de dois autores (ou se quisermos um autor e um coautor) representados pelas siglas E/D (respetivamente Eugénio e Dario). Não é de estranhar, tendo em conta que Eugénio sempre afirmou em várias cartas dirigidas ao amigo Dario Gonçalves que os poemas são também pertença do Dario. Diz António de Oliveira, responsável pela edição que, depois de conversar com Dario Gonçalves, e ouvir a sua opinião, decidiu, com a sua anuência, entregar estes poemas para publicação à Letras e Coisas.