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Uma lista infindável de desgraças, desgraçados, coisas engraçadas – e o humor imperdível de Camilo José Cela.
Rol de Cornudos apresenta, como num dicionário - para facilidade de manejo e como garantia de rigor científico -, uma infindável galeria de cidadãos vítimas mais ou menos conscientes da «instabilidade sentimental das esposas». Esta é uma lista das variantes de cornudos que, segundo Cela, com o seu habitual humor astuto e brilhante, compõem a espécie humana na sua variante zoológica masculina. Os protagonistas são classificados em tipos e subtipos, com as respetivas características minuciosamente definidas e estudadas.
Com paciência, tenacidade e uma assombrosa documentação literária, Camilo José Cela lança-se à tarefa de catalogar a abundância dessa espécie. Pode tomar-se o livro como um roteiro de «marginalizados e ofendidos», como um exercício de estilo puro e simples, como um labirinto jocoso de tipos humanos que caíram em desgraça, como um jogo que nos coloca no tabuleiro dos preconceitos e azares de sociedade - ou, finalmente, como um roteiro bem-humorado de personagens vagamente literários, vagamente vizinhos e próximos, vagamente risíveis e heroicos, todos eles identificados pelas suas virtudes.
CRÍTICAS
«Espanha existe porque Cela a escreve. Quando já tiver passado o tornado da vulgaridade, o cosmopolitismo de centro comercial e o best-seller mal imitado do inglês, voltarão a ler Cela.»
Francisco Umbral
«Existe um espaço secreto para Cela no seu melhor, como um dos grandes estilistas da prosa plural de Espanha – um homem que escreve perigosamente.»
Roberto Bolaño
NOTA DO AUTOR
«Hoje — e como consequência da luta travada pelas mulheres em prol da justa reivindicação dos seus direitos — talvez seja possível começar a encarar a hipótese de que também pode haver cornudas.»
Camilo José Cela
Valor não negociável.