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Este livro nasceu a 29 de Abril de 2007, no Pavilhão Multidesportivo de Bercy. Por altura do último comício eleitoral de Nicolas Sarkozy, surgiu um espectro que se julgava ultrapassado. À moda dos crimes esquecidos da série Cold Case: quarenta anos depois, o dossier 68 reabre-se com grande alarido e impõe-se como a última clivagem das presidenciais.
A França e o mundo, no entanto, mudaram bastante desde os famosos «acontecimentos de Maio»: o gaullismo e o comunismo já não dominam o pensamento e a cena política, o muro de Berlim e as torres gémeas de Manhattan caíram, a guerra fria acabou e foi substituída pelas guerras quentes do póscomunismo, por todo o lado se sente a ameaça de um terrorismo niilista, a sida desabou sobre o planeta, a Europa democrática foi parcialmente reunificada, dois genocídios vieram, no Cambodja e no Ruanda, sobrecarregar ainda mais as contas de uma incorrigível humanidade, o euro substituiu o franco, a esquerda assumiu o poder para depois o perder, os antigos revolucionários aburguesaram-se, a interrupção voluntária da gravidez, a pílula abortiva e o pacto civil de solidariedade já são aquisições consensuais O sé culo XX morreu, um novo milénio começa. Que parte de 68 vibra, age e vive ainda em 2008? É a esta pergunta que o livro procura responder.