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Sinopse
Veneza, 29 de janeiro de 1996. Um incêndio destrói um dos principais símbolos da cidade, o teatro lírico La Fenice, onde cinco óperas de Verdi estrearam. O que já seria uma catástrofe para os venezianos torna-se ainda pior com a revelação de que o incêndio pode ter sido criminoso. Chegado à cidade três dias após os acontecimentos, o jornalista John Berendt transforma-se numa espécie de detective, descobrindo que por trás das histórias de alguns dos excêntricos habitantes de Veneza pode estar a resposta para o mistério sobre o fogo. A exemplo do que fez em seu livro anterior, o best-seller Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal, que vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares e figurou durante quatro anos na lista dos mais vendidos do New York Times, em Veneza. A Cidade dos Anjos Caídos Berendt honra a tradição do new journalism. Tudo o que está descrito no livro é real: nomes, pessoas, lugares e factos. Como o próprio autor explica: "É um livro de não-ficção, mas escrito do ponto de vista de um romancista, usando técnicas literárias que um romancista utilizaria. Você não diz, como um jornalista diria, simplesmente: ‘O homem disse isso e isso’. Você descreve o tipo de olhar, a reacção das pessoas no quarto. Então, lê-se o livro como se fosse um romance, mas é tudo verdade". No decorrer de sua investigação, Berendt encontra um variado elenco de personagens: um pintor surrealista veneziano, conhecido localmente como um grande brincalhão e agitador político; um ilustre poeta cujo "suicídio" traumático incita os amigos a perseguirem, por conta própria, um suspeito; um grupo de norte-americanos da alta sociedade, dedicados a angariar fundos para preservar a arte e arquitectura de Veneza, enquanto brigam entre si; um mestre soprador de vidro, cuja linhagem remonta a 21 gerações e cujos filhos travam uma guerra dinástica; e muitos outros - caçadores de pombos, bodes expiatórios, chantagistas, sonâmbulos.
Para escrever este livro, Berendt viveu em Veneza durante períodos de dois a três meses ao longo de nove anos, entrevistando habitantes e pesquisando locais e factos. "Talvez se tenha chegado a um ponto em que você não pode fazer muitas observações novas sobre Veneza, mas pessoas nunca se esgotam; há sempre novas pessoas, novos personagens, novas histórias. Eu sabia que iria conseguir um olhar novo sobre Veneza", conta o autor.