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«Quero acreditar que já não estarias em casa por alturas em que cheguei mas não sei dizer. A verdade é que não te procurei. Mais uma vez. Penso que fiz as coisas do costume, penso hoje quando penso nisso que fiz as coisas do costume, terei deixado o sobretudo ao acaso, abri o frigorífico fechei abri uma outra vez, sem saber bem o que procuro, acontece-me quase sempre. As coisas do costume. Vagueei sem saber bem, o sobretudo caído alguém há-de arrumar, tu tratas disso. Do frigorífico abro fecho abro outra vez, quero pouco, não sei que quero, deixei de beber prometi-te acho que te prometi, não sei que beba.»
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Segundo romance da lavra de Rodrigo Guedes de Carvalho. Um livro assombroso no modo como trata a palavra enquanto objecto estético e também desarmante em matéria de emoções. Não há que ter medo das palavras, temos Escritor com maiúscula!»
PTN, Magazine Artes, Julho/Agosto 2005
«Um belo romance, este de Rodrigo Guedes de Carvalho. Um texto imaginativo, elaborado, que se percebe ser escrito com gosto e problematizado com pensamento vigilante, ligado ao quotidiano por vivências e emoções que revelam a intimidade preciosa do sentir possível a cada um de nós. (...) Rodrigo Guedes de Carvalho surge verdadeiramente como um romancista, encadeia intrigas, entrelaça histórias, exibe um ateia de ficção coesa e intrigante mas com uma simplicidade que seduz o leitor.»
Maria Alzira Seixo, Jornal de Letras, 30 Agosto de 2005
Nota: trata-se de um livro de bolso