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Começado a erigir em finais do séc. XII e princípios do séc. XIII, o Mosteiro de Santa Maria do Bouro, em Amares, Braga, veio tomar uma forma mais definitiva quase no fim do séc. XVI e, a partir daí, foi objeto de várias obras de ampliação e remodelação. Com o crescimento da comunidade monástica, filiada na Ordem de Cister pelo menos desde 1208, foram-se renovando as funcionalidades dos espaços e introduzindo novos elementos estéticos ao longo dos tempos.
Depois de um prolongado período de degradação, o interesse pela recuperação do mosteiro surge com vista a transformá-lo numa pousada turística. Coube a Eduardo Souto de Moura pegar nas pedras disponíveis e reconvertê-las, construindo como que um n ovo edifício, com novos materiais e usos, novas formas e funções.
Clássico e moderno, antigo e novo convivem agora num mesmo espaço, articulando-se entre si naturalmente e, a maior parte das vezes, do forma imperceptível, sem que haja do arquiteto o desejo de unidade temporal mas sim claros objetivos poéticos.
[edição em português e em inglês]
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