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Há muito que em Portugal o idoso sobrevive da fé ou da ajuda.
Chega à terceira idade sem ter tido tempo para se instruir. A sua condição económica social é baixa. A reforma de miséria obriga-o a residir em zonas degradadas, onde os valores da família e da vizinhança são desvalorizados.
Não é ele que vive à conta do poder, não lesa o fisco, não desvia recursos públicos, não enriquece através da corrupção. Em regra, nem tem dinheiro para pagar remédios e os recursos que recebe só dão para imaginar a comida.
Este livro deixa perceber também que o idoso não é um senil violador, um perigoso homicida ou um condutor assassino, nem a sua companheira passa o dia a misturar-lhe veneno no prato. Aliás, em segurança o caminho para a morte é sempre mais longo.