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Nos anos vinte do nosso século, um radiotelegrafista irlândes de origens obscuras, cuja existência vazia carece de qualquer sentido, começa a receber a bordo do seu navio, em viagem para a Índia, estranhos sinais provenientes de um passado remoto, dos tempos heróicos dos descobrimentos portugueses. À medida que se aproxima de Macau, esses sinais, cada vez mais fortes, começam a delinear-se como os do espírito de Camões que acaba por se apossar da sua mente.
Em Macau, a sua vida altera-se completamente e passa a viver pedaços da vida e dos amores de Camões. Assim, assiste ao ataque dos holandeses a Macau e toma parte na sua defesa.
Um homem, no qual confluem as personalidades do poeta e do radiotelegrafista, comanda uma sortida vitoriosa contra os holandeses, acabando por ficar ferido. As duas personalidades separam-se, e aí temos Camões instalado como eremita numa caverna a compor um poema épico. O radiotelegrafista, esse, acorda num hotel barato e resolve tentar encontrar o seu verdadeiro destino e combater os espíritos do passado.