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Lúcio Valério Quíncio é o magistrado de Tarcisis, cidade romana da Lusitânia no século II d. C. Como dirigente máximo, cabe-lhe tomar todas as decisões, enquanto tumultuosos acontecimentos conduzem a pequena cidade ao descontentamento geral. No exterior, notícias de uma invasão bárbara iminente, proveniente do Norte de África, obrigam-no a drásticas medidas, enquanto, no interior das muralhas, uma nova seita, a Congregação do Peixe, põe em causa os valores da romanidade, evocando os ensinamentos de um obscuro crucificado. No plano íntimo, a paixão devastadora por uma mulher, Iunia, perturba-o e confunde-o, mas sem o afastar do cumprimento do dever.
Neste romance em que a ficção se sobrepõe à História, traduzido em nove línguas e galardoado com o Prémio de Romance e Novela da APE, o Prémio Fernando Namora, o Prémio Pégaso de Literatura e o Prémio Literário Giuseppe Acerbi, Mário de Carvalho reconstitui as características culturais, políticas e quotidianas do Império Romano, sem nunca esquecer a «intercessão de certo deus que, nos primórdios, ao que parece, passeava num jardim pela brisa da tarde...»