O Crescer das Árvores

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O Crescer das Árvores
Autor(a)
Nuno Higino
Editora
Campo das Letras
Género Literário
Jovem Adulto
Sinopse

" - Não achas que o mundo seria melhor se não houvesse homens?
- Não, Rashid, porque se não houvesse homens não havia mundo. Só havia coisas sem nome.
- Não havia mal...
- Nem bem, Rashid. Só havia coisas sem nome.
- E para que precisamos do nome das coisas?
- Para chamá-las, Rashid.
E começaram a correr entre as crateras e a brincar como se fosse a primeira vez que brincavam.
Construíram pontes, baloiços e espantalhos. Jogaram às pedrinhas. Tomaram banho nas crateras onde havia uma água tão límpida que não parecia água, parecia luz. Conversaram, inventaram histórias, desenharam árvores. Ouviram o uivar dos lobos. Seguiram as sombras que caminhavam sozinhas. Tocaram música num alaúde. Inventaram brinquedos novos e palavras novas para os chamar. Subiram pelos braços da lua e tocaram a sua face bela. Trocaram de sítio uma bandeira que encontraram e cujas estrelas se tinham apagado. Colheram narcisos e outras flores com a foice de prata que há na lua."

" - Não achas que o mundo seria melhor se não houvesse homens?
- Não, Rashid, porque se não houvesse homens não havia mundo. Só havia coisas sem nome.
- Não havia mal...
- Nem bem, Rashid. Só havia coisas sem nome.
- E para que precisamos do nome das coisas?
- Para chamá-las, Rashid.
E começaram a correr entre as crateras e a brincar como se fosse a primeira vez que brincavam.
Construíram pontes, baloiços e espantalhos. Jogaram às pedrinhas. Tomaram banho nas crateras onde havia uma água tão límpida que não parecia água, parecia luz. Conversaram, inventaram histórias, desenharam árvores. Ouviram o uivar dos lobos. Seguiram as sombras que caminhavam sozinhas. Tocaram música num alaúde. Inventaram brinquedos novos e palavras novas para os chamar. Subiram pelos braços da lua e tocaram a sua face bela. Trocaram de sítio uma bandeira que encontraram e cujas estrelas se tinham apagado. Colheram narcisos e outras flores com a foice de prata que há na lua."

 

"O Crescer das Árvores resulta, em boa parte, do cruzamento de duas outras histórias: uma retirada de um filme iraniano, cujo título e realizador (não é Kiarostami) não retenho. A ideia da música que faz crescer as árvores creio que virá daí: é tão bela que temo não ser minha. A outra é a de um refugiado ruandês, meus colega em Madrid, que durante seis meses vagueou pela selva, fugindo à guerra, até chegar ao Congo Brazaville, primeiro, e a Espanha, depois, onde actualmente vive. Chama-se Aimable Runyange. O saco de sal, a única coisa que consegui levar quando iniciou a fuga, permitiu-lhe ir trocando pequenas quantidades por alimentos com os nativos da selva. Foi isso que provavelmente lhe salvou a vida."
Nuno Higino

 

Idioma
Português
Preço
7.00€
Estado do livro
Muito bom
Tem uma dedicatória
Possibilidade de entrega em mãos: Setúbal ou Carnaxide
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