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Publicada por Albert Camus na revista Empédocle em 1949, a obra-prima de Paul Gadenne é um texto fulgurante que, em pouquíssimas páginas, ombreia com os grandes romances. Quando Pierre leva Odile a ver uma baleia branca encalhada na praia, o que pensar daquele monstro belo e hediondo? Monumento do horror e esplendor da guerra? Da impotência e do desespero do homem? Metáfora de um continente em decomposição? Baleia, crónica de um reencontro com o outro e consigo mesmo, é uma pérola agora emergida, um colosso que dá à costa, numa escrita radiante e hipnótica como o fluir e refluir da maré.