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A par dos diálogos, peripécias e emoções num jantar de despedida do professor Aloysius Alzheimer da Universidade de Munique, este é o percurso acidentado de três portugueses e um germânico, no seio das profundas transformações ocorridas nas sociedades europeias e também no conhecimento do cérebro e da mente, no final do século XIX e primeira metade do seguinte.
Nessa época brilhante da investigação médica, as migrações de profissionais para reconhecidos centros de investigação germânicos e franceses, as lutas contra a monarquia e a conturbada primeira república em Portugal, a mortífera pandemia de gripe pneumónica e os sangrentos conflitos bélicos que assolaram o velho continente, influenciariam inevitavelmente a vida das personagens, tanto quanto a própria história das Neurociências.
Benjamim Guerra divide a sua vida entre a luta contra a monarquia, a paixão pelas ciências do cérebro e o auxílio a sua mãe em tarefas culinárias. Dagoberto Júlio, aristocrata abastado, conservador, boémio e marialva, encontra o seu amigo e ex-colega da Escola Médica num estágio no laboratório do Dr. Aloysius Alzheimer, em Munique. Anos mais tarde, convidados para um jantar oferecido pelo mestre, viajam ambos para a Baviera. Ilídio da Conceição, limpa-chaminés, marujo e pintor de embarcações, ferido nas trincheiras da Flandres, será tratado num hospital militar de Praga pelo Dr. Oskar Fisher, que o contrata como seu auxiliar. Ludwig Keil, um irrequieto jovem médico do nordeste do Império Austro-Húngaro, desposa por interesse a filha do seu professor e deambula por várias instituições científicas do centro da Europa numa busca incessante de glória, que o levará a servir-se do programa nazi de eutanásia activa e de prisioneiros de guerra nas suas pesquisas.
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