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Abandonadas por muitos etnólogos, as designações de Etnologia e Etnografia foram substituídas pela mais ambiciosa de Antropologia. «Ciência do homem» ou «tratado sobre o homem», apresenta-se explicitamente com o desígnio de ultrapassar os domínios tradicionalmente atribuídos às suas antecessoras: as sociedades primitivas rurais. Através de uma revolução teórica, aspira a criar um método de abordagem capaz de, futuramente, englobar todas as sociedades e não só as «primitivas», todas as ciências humanas e não só a «etnologia». Ambição desmedida ou vã ilusão? Os estudos deste volume - relações entre a etnologia e a antropologia; a análise de estruturas de parentesco; implicações do económico e do político (categorias que dizem respeito quer a sociedades ocidentais quer a «não ocidentais»); exposição do que a psicanálise deve à antropologia e vice-versa - representam uma tentativa não só para fundamentar a reivindicação do uso da nova designação, mas, e sobretudo, para libertar essa Antropologia do subtítulo «ciências das sociedades primitivas» e guindá-la à categoria de ciência global: a primeira ciência do homem.