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Há muitos livros sobre a Primeira Guerra Mundial, mas o premiado historiador Peter Englund aborda-a de uma forma inédita e espantosa: através da experiência de homens e mulheres comuns oriundos de várias partes do globo, explorando os aspetos quotidianos da guerra, não só a tragédia e o horror, mas também o absurdo, a monotonia e até a beleza.
Entre as muitas histórias, há um jovem na infantaria do exército britânico, que considerara a hipótese de emigrar até a guerra lhe ter oferecido «a sua grande promessa de mudança», um funcionário francês de meia-idade, socialista e escritor, cuja «fé simplesmente ruiu» com o início da guerra. Há uma menina alemã de doze anos que está entusiasmada com as notícias das vitórias do exército porque isso significa que ela e as suas colegas de sala poderão gritar na escola. Há uma americana casada com um aristocrata polaco, que vivia uma vida recatada e de luxo quando a guerra começou e que, em última instância, será levada a declarar: «Ao olhar a Morte nos olhos, perde-se-lhe o medo.»
Dois morrerão e um nunca chegará a ouvir um tiro; alguns tornar-se-ão prisioneiros de guerra, outros serão celebrados como heróis. Mas apesar dos vários destinos e ocupações em tempo de guerra, das diferenças de idade, sexo e nacionalidades, todos serão unidos pelo seu envolvimento, voluntário ou não, na Grande Guerra.
A Beleza e a Dor da Guerra é um brilhante mosaico de perspetivas que reconstrói sentimentos, impressões, experiências e flutuações de humor de vinte pessoas específicas, deixando-as falar não apenas por si próprias, mas também por todos aqueles que foram de alguma forma moldados pela guerra, mas cujas vozes foram esquecidas e ignoradas, ou simplesmente não foram ouvidas.
EM PORTUGUÊS DO BRASIL.