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Uma história ainda pouco divulgada é resgatada por Robert M. Edsel em Caçadores de obras-primas. Trata-se do trabalho realizado pelos Monuments Man, soldados que tentaram dificultar ou impedir o "maior roubo da história" cometido por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que o Führer e seus homens tenham se apossado de mais de 5 milhões de objetos culturais. O objetivo era criar o maior acervo de obras-primas do mundo em terras alemãs.
De início, o trabalho dos Monuments Man era mitigar os danos cometidos a acervos públicos. Com o avanço das tropas de Hitler, o foco voltou-se para a localização de obras de arte móveis e outros itens culturais roubados ou perdidos. O trabalho, iniciado na metade da guerra, em 1943, estendeu-se até 1951.
As histórias relatadas no livro baseiam-se em extensa pesquisa em diários de campo, agendas, relatos de guerra e, especialmente, nas cartas escritas pelos soldados às famílias. Edsel também coletou informações em entrevistas exclusivas com os próprios Monuments Man. O livro concentra-se na atuação de oito deles, mas, a partir de suas histórias, o autor traça um amplo panorama do trabalho desempenhado silenciosamente por esses homens e mulheres – ao todo, eles somavam 350 soldados de 13 diferentes países.
A trajetória desses homens dedicados à arte mostra uma nova visão sobre um episódio vital na história mundial recente. Somente com esse empenho foi possível às gerações seguintes contemplar inúmeras obras de arte. Na última década, o trabalho desses homens e mulheres começou a ser reconhecido. Os resultados da extensa pesquisa de Edsel não poderiam chegar em melhor hora.
O livro ganhou adaptação para cinema em 2014 com estrelas como George Clooney, Matt Damon, Bill Murray e Cate Blanchett.
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