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O livro é o libertar de esconsas memórias," a caixa de Pandora" repleta de estranhas, dolorosas emoções, e, até, contradições, guardadas durante muito tempo e que o tempo do autor, (o meu tempo), só hoje consentiu revelar.
As Carquejeiras do Porto e a sua calçada, são o que resta de um espólio ignorado da nossa cidade. Representam pedaços de uma comunidade que estoicamente resistiu, perante adversas e desumanas condições e deu relevo a uma história que valeu a pena contar. Foram vidas simples, agitadas e desgastantes que marcaram gerações, polvilhadas de risos, amores, algazarras, desencontros, sorrisos, promessas, alegrias e, até, sonhos! A calçada foi a seiva, o núcleo, fonte que alimentou, gente anónima, qual alimento amargo, qual penitência cruel para pecadores sem sentido...
Perante este património material e imaterial, a história local e colectiva, tinha de ser revelada. Alguém a escutou, dela fez a sua lança, juntou um rigoroso e consciente grupo de sonhadores que, com convicção, ultrapassou o sonho!
Este livro é o reflexo do trabalho de um grupo de cidadãos que constituíram em 2014 uma Associação denominada "Homenagem às Carquejeiras do Porto" e deram o nome a um projecto intitulado "Homenagem às Carquejeiras do Porto - um drama silencioso e silenciado".
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