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Uma obra de Ray Bradbury é sempre um acontecimento. O seu Cemitério de Lunáticos é a Hollywood da década de 50, olhando como Janus tanto para o passado como para o futuro. O seu herói (que o não é) é um argumentista e um adorador de estrelas. Em 1954, na Noite das Bruxas, uma mensagem anónima convida-o a ir ao Cemitério de Green Glades, onde irá encontrar «uma grande revelação». A revelação é uma cadáver, ou antes, uma reprodução perfeita de J.C. Arbuthor, o antigo e poderoso senhor do grande e glorioso estúdio Maximus Films, que morreu vinte anos antes. Ou não? O leitor, o herói (?) e o seu amigo Roy Holdstrom, inventor de cenários e artifícios para os filmes de ficção científica, lança-se numa viagem pelo passado e pela verdade. Mas qual verdade?