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Os diários de Conta-Corrente constituem um dos documentos mais impressionantes da vida cultural dos anos setenta e oitenta (cobrindo os anos de 1969 a 1992).
A importância documental e literária deve-se à qualidade dos textos do autor e à natureza das suas confissões e reflexões — sendo uma extraordinária fonte de dados para o conhecimento da vida e da história portuguesas desses anos.
Tal como os grandes diários de autores como Franz Kafka, Lev Tolstoi, Raul Brandão, Miguel Torga, Thomas Mann ou Virginia Woolf, Conta-Corrente não é importante apenas do ponto de vista literário.
Pela abundância de pequenas histórias sobre o meio literário e político português da época, bem como pela acuidade, autenticidade e profundidade das suas opiniões, a obra constitui um enorme espólio de testemunhos sobre o seu tempo real.
A sua leitura é uma extraordinária fonte documental para compreender um período tão importante quanto decisivo na vida da sociedade portuguesa, além de nos dar uma imagem pessoal e geracional de um dos maiores autores portugueses do século xx.
Este segundo volume termina desta forma belíssima: «Creio que de tudo o que me fascinou nada me fascinou mais do que a vida, o seu mistério inesgotável, a sua inesgotável maravilha.
Foi bom ter nascido.
Foi bom não ter acabado ainda de nascer.
Picos de acidez no exterior das páginas. Sublinhados a caneta.