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«A Odessa de Babel é um lugar único, é uma amálgama de objetos, de sensações, de cores, de cheiros. Tudo se pode tocar, cheirar e provar. E a língua de Odessa não é exceção. As palavras são personificadas e podem ser metidas no bolso, podem ser apalpadas, podem ser seguradas entre os dentes. A fala de Odessa é uma fonte de divertimento do autor. As personagens exprimem-se principalmente em russo, mas o seu discurso está salpicado de incoerências ou de construções agramaticais, espelhando a influência do ucraniano, do iídiche, do moldavo, do francês e do inglês, entre outros idiomas. Outras vezes fazem a transferência direta do hebraico antigo na referência aos numerais (exemplo: "sessenta vacas leiteiras, menos uma", em vez de dizerem simplesmente cinquenta e nove). Muitas estruturas são também conseguidas a partir de construções em iídiche. Pode pois dizer-se que os habitantes de Odessa falam uma língua singular que não existe em mais lugar nenhum.»
colecção duas horas de leitura 11
Sinais de uso na capa. Picos de acidez no exterior e interior das páginas.