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"Em livros anteriores, [Ana Paula Figueira] conversou com as crianças sobre o divórcio, a violência doméstica e o luto. Agora, fala-nos de doenças invisíveis, mas que se vêem e sentem. Porquê? Constança interroga-se sobre as razões, os motivos. - Mas a mãe estava tão bem… O que é que a fez ficar doente? Foi a gravidez? Fui eu?
A história deste livro é dura. Percebemos, desde o princípio, que há problemas sem solução, mas que podemos reconstruir novas realidades, novas relações, novos sentidos. Melhores? Piores? A pergunta é inútil.
Ana Paula Figueira evita o estigma. Chama-nos à responsabilidade de recomeçar. Convida-nos a olhar para a diversidade das nossas vidas, a valorizar destinos inexplorados, a reforçar dimensões que não conhecíamos.
Melhores? Piores? Diferentes.
Só é forte quem reconhece as suas fragilidades, os seus medos. Nunca estamos preparados para enfrentar certas situações, sobretudo na infância. De nada serve esconder a dureza da vida. Podemos não conseguir explicar, mas temos a obrigação de tentar e, neste esforço, já surge uma primeira explicação. Não há nada mais admirável do que sermos capazes de partilhar a nossa humanidade uns com os outros."
(Excerto do Prefácio do livro)