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Depois do best seller O livreiro de Cabul e dos sucessos 101 dias em Bagdá e De Costas para o mundo, a norueguesa Åsne Seierstad retorna com Crianças de Grozni. Com lançamento simultâneo em vários países da Europa como Inglaterra, Holanda e Espanha, o livro é um retrato pungente dos órfãos da Tchetchênia, crianças que carregam marcas de violência por terem crescido em plena guerra.Em dezembro de 1994, tropas russas invadiram a Tchetchênia, levando o país a um prolongado e violento conflito. Desde desse acontecimento até os dias de hoje, o Unicef informa que 25 mil crianças tchetchenas perderam um ou ambos os pais. Alguns desses órfãos vivem em caixas de papelão, prédios bombardeados, esgotos na ribanceira etc. Como correspondente internacional em Moscou naquela época, Åsne Seierstad viajou regularmente à Tchetchênia para fazer reportagens sobre a guerra e descrever os seus efeitos sobre aqueles que tentavam viver normalmente, apesar das circunstâncias desfavoráveis.Em 2006, depois de ter se tornado uma autora internacionalmente conhecida, ela retornou à Tchetchênia e se deparou com uma sociedade ainda embrutecida. Encontrou crianças traumatizadas e percebeu, naquele cenário, a impossibilidade de crescimento sadio para pessoas que só haviam conhecido a guerra e que se acostumaram à violência. Depois de percorrer os vilarejos pobres da Tchetchênia e ouvir as histórias dramáticas de um povo marcado pelo sofrimento causado por guerras e confrontos, Seierstad viajou à capital do país para investigar junto às autoridades as razões da atual miséria tchetchena e as políticas implementadas pelo governo no sentido de conduzir o país à prosperidade. Em Grozni, a autora entrou em contato com universitários, ministros, assessores do governo e empresários, tendo oportunidade de registrar as ambiguidades de uma democracia autoproclamada envolta num véu de censura feroz. Ela visitou ainda instituições oficiais do país e observou o funcionamento de um aparelho burocrático servindo ao único propósito de incensar e promover o presidente da república, Ramzan Kadirov, que em entrevista reproduzida no livro não consegue dissimular os maniqueísmos de uma administração atroz e assassina.
EM PORTUGUÊS DO BRASIL.