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Com base numa vasta quantidade de informação compilada numa imensa base de dados (os dados abrangem a África, a Ásia, a Europa, a América Latina, a América do Norte e a Oceania, cobrem 66 países ao todo e incluem ainda dados específicos para muitos outros), os autores puderam analisar, de uma forma mais ampla e de longa duração, os diversos episódios de vários tipos de crises financeiras. Estas incluem incumprimentos soberanos (quando um governo não pode satisfazer os compromissos de pagamento a que está obrigado pelas suas dívidas externa ou interna, ou ambas); as crises bancárias, como as que o mundo viveu em catadupa no final da primeira década deste milénio, quando uma nação descobre que grande parte da banca se tornou insolvente, depois de perdas pesadas em investimentos, de pânicos bancários, ou ambos; e, por fim, as crises de taxa de câmbio, como as que assolaram a Ásia, a Europa e a América Latina nos anos 90. Nesta análise quantitativa emerge um padrão. Nas palavras dos autores: «Já aqui estivemos antes. Por muito diferente que pareça sempre o último furor ou crise financeira, há normalmente semelhanças notórias com a experiência passada de outros países e da história. Reconhecer estas analogias e precedentes é um passo essencial para aperfeiçoar o sistema financeiro global, quer reduzindo o risco de crises futuras, quer lidando melhor com as catástrofes, quando elas acontecem».