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Logo a seguir às Invasões Francesas, com o País depauperado e ainda não completamente refeito do terror, as novas ideias liberais, a falta de competitividade face a uma Europa em grande desenvolvimento, a emergência de uma burguesia que vive da usura e dos empréstimos e a perda do Brasil geram pobreza, instabilidade e tensão que, por sua vez, criam reviravoltas no poder e nos costumes do povo.
É neste período que vivem as duas condessas - Isabel e Maria Mância, mãe e filha, ambas órfãs de pai desde pequenas, ambas viúvas em menos de três anos de casamento, ambas casadas pouco tempo depois de enviuvarem. Damas com elevada cultura adquirida em França e mal entendidas pela sociedade do seu tempo, herdeiras ricas e da melhor fidalguia portuguesa, passam por grandes privações e desgostos, mas, apoiando-se incondicionalmente uma na outra, conseguem lutar contra as adversidades e manter de pé a sua querida Quinta de Subserra.
Partindo de um conjunto significativo de cartas, esta é a história de duas mulheres de uma coragem sem limites - uma história de sofrimento, evidentemente, mas com momentos de indizível felicidade.