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Viajar no Expresso do Oriente é levantar o véu sobre uma certa história secreta do século XX. Mais do que um comboio de sonho, o Expresso do Oriente é o símbolo de uma Europa construída antes do tempo.
Mais do que um comboio de sonho, o Expresso do Oriente é o símbolo de uma Europa construída antes do tempo. O Expresso do Oriente foi teatro de numerosos dramas representados por grandes actores políticos ou por redes de espionagem, ao longo da história do século XX. Assim, o armistício de 11 de Novembro de 1918 foi assinado em Rthondes, na carruagem nº 2419, transformada em escritório pelo marechal Foch. Cerca de vinte anos mais tarde, Hitler assinou a capitulação da Europa nessa mesma carruagem. Amantes célebres ou espiões, todos utilizaram este comboio por diferentes razões e sempre encontraram o que procuravam. Intrigas políticas, romances e espionagem marcaram o ritmo da magia do comboio mais célebre do mundo, entre Veneza, Viena, Praga, Budapeste ou Istambul.
O autor reconstitui a aventura do Expresso do Oriente tomando como referências algumas personagens cheias de simbolismo que imprimiram a sua marca à respectiva época: Diaghilev, fundador dos bailados russos, em Veneza; Mata-Hari, essa grande aventureira que instalou o seu quartel-general nos comboios Paris-Viena, nos anos sombrios da primeira guerra mundial; Lawrence da Arábia, o célebre espião inglês; Marlène Dietrich, que durante a ascensão do nazismo, viveu uma bela história de amor neste comboio, ou ainda Raoul Wallenberg, diplomata sueco colocado em Budapeste, que salvou mais de vinte mil judeus durante a guerra, ludibriando os nazis no Expresso do Oriente.