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“Os fetiches têm fascínio. O fascínio (…) está sempre ligado ao fetichismo. É uma força, um encantamento, que te prende e te captura subtilmente. Atracção delicada: assemelha-se à magia mais que ao simples desejo. O mundo está cheio de objectos, de pessoas, símbolos, e relações fetichistas”. Desconstruindo o léxico do culto que é cada vez mais aplicado aos bens de consumo e às personagens públicas, o eminente semiólogo italiano Ugo Volli esboça para nós uma história da sedução e dos seus ídolos, desde a idade dos Descobrimentos até à era mediática em que vivemos, “um tempo que parece não querer nutrir-se de outra coisa que não sejam lugares-comuns”. Num universo teórico que se situa entre filosofia e semiótica, o ensaio visa procurar o sentido da repetição imprópria de conceitos como “culto”, “adorar”, ou “mito”, tentando ir às raízes do estranho poder de atracção exercido sobre nós pelos fetiches, formas mortas ganhando vida numa teologia do quotidiano que atribui novas metáforas ao que nos rodeia.