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João Máximo e Marcos de Castro vestiram as camisas de técnicos de futebol e com maestria escalaram a seleção brasileira de todos os tempos neste novo Gigantes do futebol brasileiro. Quase 45 anos depois da primeira edição, escrita pelos dois então jovens jornalistas, esta versão traz nove craques a mais e corrige duas ausências consideradas imperdoáveis pelos torcedores e pelos próprios autores: Ademir e Didi. Motivo de polêmica acalorada entre fãs, jogadores e críticos esportivos na época, esta dívida histórica é paga na belíssima edição que chega agora às livrarias. Um livro essencial para a memória de um país como Brasil, cujo nome foi colocado no topo da história do futebol mundial graças à atuação destes grandes craques. No texto de apresentação, o escritor Luis Fernando Verissimo afirma que estes gigantes do gramado são personagens das vidas dos brasileiros: “Os que vimos jogar foram nossos heróis. Os que não vimos jogar fazem parte de uma história compartilhada, de um passado comum a toda a irmandade do futebol, não importa a idade. De um jeito ou de outro, são personagens. E a grande sacada deste livro é tratá-los como personagens. Você não verá aqui apenas a carreira desses gigantes, com estatísticas e datas. Lerá as histórias das quais eles são personagens, escritas com acuidade e sensibilidade literária”. A primeira edição de Gigantes do Futebol Brasileiro, de dezembro de 1965, tornou-se um clássico ao longo dos anos e os exemplares passaram a ser raridade em sebos. O prefácio era de Paulo Mendes Campos, que dizia: “O futebol faz parte da história particular de cada brasileiro da nossa época. Nós também somos personagens de um livro como este”.De lá para cá, o futebol mudou muito e esta transformação no esporte é retratada através da história de cada jogador em sua época. Do quase mitológico Friedenreich, mestiço que rompeu barreiras no futebol elitizado do início do século passado, passando por Domingos da Guia, o “Divino Mestre”, e Leônidas, o inventor da “bicicleta”, e chegando aos astros da nova geração, Gigantes atravessa quase cem anos de futebol brasileiro: dos tempos de várzea e clubes pequenos à profissionalização e ao estrelato dos jogadores dos dias de hoje. Assim como na primeira edição de Gigantes, os autores advertem que estes não são necessariamente os maiores jogadores brasileiros de todos os tempos, mas alguns gigantes cujas histórias os autores gostariam de contar ou recontar. Para tanto, valem-se da prudência recomendada por técnicos de seleções brasileiras recentes: só justificar os convocados, nunca os não convocados. Os quais, afinal, neste país de craques, não caberiam em um só volume.