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Em A Guerra Quente e a Paz Fria, Bernardo Teles Fazendeiro faz uma análise das origens do conflito e de como uma paz fria, que fazia a guerra parecer uma miragem, se transformou numa guerra quente.
Neste livro, o autor afirma que «rever o passado a fim de compreender o presente não serve, porém, para justificar a opção de Putin» e, por isso, mostra-nos o seu percurso e a sua visão acerca da Rússia, da Ucrânia e do alargamento da NATO, assim como nos leva pelos meandros da diferenciação, nem sempre óbvia, entre conflito - patente numa paz fria que nunca estabilizou - e guerra - com todas as justificações morais com que se justificam aquilo que Erasmo define como o reclamar de um «direito antiquíssimo e esquecido» porque «a guerra é doce para quem não a experimentou».
Mais do que uma leitura a quente da dura realidade da invasão da Ucrânia, este livro deixa-nos uma leitura cuidada do mundo pós-Soviético, fruto de anos de investigação, para que todos possamos compreender e fazer «o esboço de uma resposta».