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Talvez Roma seja apelidada de Cidade Eterna porque o tempo a atravessa com lentidão. Caótica e simultaneamente melancólica, acumula um cepticismo de séculos, mas mantém a luminosa vivacidade do Mediterrâneo. O catalão Enric González viveu em muitas cidades ao longo da sua vida enquanto correspondente do El País, mas escreveu apenas sobre algumas, e escreveu sempre a uma distância temporal confortável, que lhe permitisse recolher as memórias e experiências que de facto importam. Este livro não é um guia turístico nem uma antologia de lugares - é um percurso pessoal por uma Roma fascinante, às vezes secreta. Nas suas páginas, o leitor encontrará uma sucessão de histórias, personagens, momentos e cenários romanos: gatos, pinturas de Caravaggio, a casa e o túmulo de Keats, a melhor pizaria da cidade, o lugar onde se toma o melhor café do mundo, burocracia, a história de um marquês perverso, voyeur, assassino e suicida, o périplo de um pacote que corre meio mundo e regressa a Roma devido à incompetência dos Correios, papas, Berlusconi, uma igreja onde ninguém se quer casar, os códigos romanos de cortesia, futebol, conspirações maçónicas, barbearias, palácios, virgens, santos e milagres.