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Nas palavras de Reynaldo Jardim, “este é um livro perigoso, feito para comprometer irremediavelmente sua consciência. A tranquilidade dos que se julgam impunes e lúcidos, dos que ainda não sabem, porque ainda não olharam para dentro de si mesmos, que Deus também pode ser o Inferno, ou o Hospício”.
A obra de Maura Lopes Cançado é fortemente marcada por sua experiência como paciente de hospitais psiquiátricos em Minas e no Rio de Janeiro. Hospício é Deus – Diário I , publicado pela primeira vez em 1965, é um diário fruto de sua passagem pelo Hospital Gustavo Riedel, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, entre o fim de 1959 e o começo de 1960 (onde, ao todo, a autora foi internada pelo menos doze vezes). Entre romances, escândalos e diversas internações, Maura encontrou nas palavras uma maneira de se relacionar com sua doença e sua condição de paciente psiquiátrica. José Carlos Oliveira, o Carlinhos Oliveira, diria no Jornal do Brasil que este era um “livro desesperadamente honesto”.
Esta edição, acrescida de um perfil biográfico escrito pelo jornalista Maurício Meireles, resgata a obra da escritora aclamada como grande revelação da literatura brasileira em seu tempo. EM PORTUGUÊS DO BRASIL.
Pontos amarelos no exterior das páginas.