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Contemplativos e abertos ao outro, íntimos e generosamente oferecidos, os poemas deste livro conjugam a palavra «emoção» em todos os tempos e em todos os modos. Das deambulações pelas ruas de Lisboa às agonias do amor perdido, Linguagens Impossíveis é uma cidade em si mesmo, com as suas ruelas secretas, as suas avenidas movimentadas e os seus locais infinitamente queridos.
DULCE
Há essa magia, mesmo que lhe renuncie
Que me leva e que triunfa
Dulce que canta e me transporta
Num fado que lhe extorqui
É ela quem ainda me faz querer
Seguir a estrada sempre deserta
Dos anjos que transportam a vida
Para a ouvir sempre soberba
Dulce, minha heroína do mar
Tornou-me a vida menos amarga
Sereia do canto Lusitana
Dulce, voz vinda do além
E do povo que no rio lava
Numa estranha forma de vida
Dedicado a Dulce Pontes
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