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No subsolo de Lisboa escondem-se galerias subterrâneas que guardam segredos do Marquês de Pombal.
As Águas Livres chegaram à cidade em meados do século XVIII, dando de beber ao povo, mas servindo também para abastecer os palácios de quem mandava. O Palácio dos Carvalhos, onde nasceu Sebastião José de Carvalho e Melo, tinha até um túnel para o chafariz em frente.
As águas serviam o sumptuoso jardim, que chegou a ter estufas de ananases, em pleno Bairro Alto, quando Lisboa sofria com escassez de água. Outras propriedades do Marquês e dos seus protegidos beneficiaram também das obras das Águas Livres. Após a morte do rei D. José, o governante caiu em desgraça e foi até difamado e acusado em tribunal de roubar água. Depois do desaparecimento do Marquês estes factos foram esquecidos, os séculos passaram, dividiram-se as propriedades, a evolução urbana transformou os lugares, as galerias subterrâneas foram encerradas.
Dois investigadores procuraram os caminhos esquecidos e penetraram nos túneis e catacumbas, abrindo portas fechadas e entrando por buracos obscuros, encontrando poços e pias, cisternas e condutas escondidas. A exploração levou-os por debaixo de palácios, conventos e quartéis, mas também a bibliotecas e arquivos, encontrando informação para fundamentar a história verídica que é revelada. Esta aventura real começou no Bairro Alto e terminou no Bairro da Lapa, tendo sido percorridos cerca de sete quilómetros, ao longo das galerias do Loreto, da Esperança e das Necessidades. Este livro traz um novo olhar sobre o património das Águas Livres, que ainda guarda histórias surpreendentes e lugares por explorar.