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Palúdica e praticamente estéril, esta Veneza do Oriente era, quase obrigatoriamente (diríamos), procurada por mercadores e viajantes provenientes das mais diversas paragens do Índico-Pacífico. Em sítio abrigado das monções (no que levava vantagem a Singapura), diariamente numerosas embarcações locais (cerca de uma centena de "juncos" e meia centena de "paraus") serviam-se das marés e dos "terrenhos" (ventos que sopravam da terra) para abastecerem a cidade.
Sabendo da importância geo-económica de Malaca, em 1511 Afonso de Albuquerque, naturalmente com o consentimento do rei de Portugal, tomará a cidade. Referindo a sua importância, sobretudo económica, Fernão Lopes de Castanheda considerará o porto de Malaca como "[…] a mayor escala das mais ricas mercadorias que se então sabia no mudo", acrescentando João de Barros que embarcações das mais diversas proveniências, "todas no tempo de suas monções concorriam áquela riquíssima Malaca, como a um emporio, e feira universal do Ori¿te".
da Apresentação
João Marinho dos Santos