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É justamente o relevo crescente das inquietações de cada Estado europeu com os seus interesses privativos, a crise da estrutura europeia e o aprofundamento da sua hesitação entre a Integração na linha federalista e a União na linha da igualdade dos Estados, que faz avultar o facto de a solidariedade EUA e Europa não ser invocada, visivelmente ela estar a enfraquecer, com os EUA a regressarem ao destino manifesto do Pacífico e a considerar o Atlântico uma retaguarda por vezes incómoda. O que ajuda a esquecer que é o Ocidente que está em decadência, que a violenta crise europeia é parte de uma crise mundial sem precedente, e que os países como Portugal veem crescer a situação de Estados exógenos, exíguos, atingidos pela linha da pobreza que fez renascer o limes romano ao Norte do Mediterrâneo. Pelo que não devem omitir ou esquecer o poder da voz contra a voz do poder que emerge, acima daquela linha, ignorando que, sem União, de modelo final ainda não definido, não é apenas a voz de cada Estado europeu, ou a voz da União anarquizada, é a voz do Ocidente que será pelo menos fortemente debilitada no globalismo ainda mal sabido da entrada neste século sem bússola.»