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Do autor de A Última Viúva de África, Prémio Literário Fernando Namora/2018, e Nó Cego, obra de referência obrigatória na ficção portuguesa sobre a guerra colonial
Castor e Pólux, duas das estrelas mais brilhantes do firmamento, gémeos mitológicos que, não conseguindo viver um sem o outro, optaram por repartir a eternidade entre o Céu e o Inferno. Mas nem toda a salvação vem dos céus… Para Atsu, gémeo negro sobrevivo a uma maldição, padecendo do sentimento de culpa por ser o que escapou, surge na figura de um amaldiçoado como ele, seu reflexo branco.
Nos céus de Ompanda, terra das avestruzes e pátria dos cuanhamas, entre o sul de Angola e o norte da Namíbia, há momentos em que as estrelas mais brilhantes de Gémeos são visíveis. Nos de São Pedro de Moel, terra de navegantes e pátria dos portugueses, também. Entre Angola e Portugal, as vidas de Aliene (a cuanhama branca), Francisco Boavida (o branco criado por negros) e Atsu (o negro europeizado) – três lados de um triângulo de amor, ainda que não amoroso – vão-nos sendo desvendadas à luz da sua busca pela identidade. Uma demanda pela essência do ser, entre dissemelhanças pessoais e sociais, dinheiro e política, que culmina com o regresso a casa, a África.
Com mestria, Carlos Vale Ferraz dá uma vez mais vida a personagens memoráveis, num romance indispensável.