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Atravessando praticamente o século XX, a filosofia de Jean-Paul Sartre caracteriza-se, acima de tudo, por constituir uma reflexão sobre a condição humana e pela defesa radical da liberdade. Essa é a raiz genuína do existencialismo que conduz à proposta de uma moral individualista e nada solidária. Contudo, Sartre, testemunha privilegiada dos acontecimentos emocionantes do século XX, irá se encaminhar rapidamente para a proposta de uma frutífera relação entre a sua própria filosofia e o marxismo, abrindo-se a uma proposta de colaboração teórica e política. Refazendo sem parar os seus compromissos sociais, por fim, Sartre compreenderá o existencialismo como a reflexão sobre a liberdade individual que é preciso acrescentar ao horizonte histórico para entender os processos sociais, configurados, ao mesmo tempo, por leis gerais e pela atividade da irrenunciável liberdade humana.