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(Ensaio sobre os dados gerais da Filosofia do Espírito)
«Partindo do magistério de Tobias Barreto (1839-1889) e do que se convencionou designar por Escola do Recife, o filósofo cearense Raimundo de Farias Brito (1862-1917) seguiu o seu próprio e pessoal percurso especulativo, que o levou de um inicial monismo naturalista e teleológico até a um novo espiritualismo, que retomou a linha doutrinária iniciada pela obra Factos do Espírito Humano (1858), de Domingos Gonçalves de Magalhães (1811-1882), já incluída nesta colecção, e por muitos considerado o texto fundador da filosofia brasileira. O presente livro O Mundo Interior (1914) e o inconcluso Ensaio sobre o Conhecimento (1917), que nesta edição o acompanha, constituem o momento mais alto atingido pela caminhada especulativa do pensador brasileiro, que apresenta significativas afinidades e convergências com o Sampaio Bruno (1857-1915) de A Ideia de Deus (1902) e com o Leonardo Coimbra (1883-1936) de O Criacionismo (1912), marcando os três, da forma mais profunda, a restauração da filosofia do EspÍrito no pensamento luso-brasileiro, após o anterior triunfo, nos dois países, das correntes de inspiração positivista, naturalista, evolucionista e materialista.[...].». In editorial.