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Na Inglaterra vitoriana, o famoso artista Basil Hallard pinta o retrato de Dorian Gray, homem jovem de uma beleza inspiradora. Imerso num ambiente aristocrático que cultiva o belo e a juventude como valores absolutos, e atraído por esta visão hedonista da vida, Dorian Gray deseja que aquele retrato envelheça no seu lugar, registando-se ali as marcas da sua decadência física enquanto a sua aparência permanece intocada pelo tempo. A sua alma será a moeda de troca.
Publicado em 1890 como uma novela na Lippincott’s Monthly Magazine, O Retrato de Dorian Gray, foi recebido com escândalo, classificado como imoral e censurado.
Um ano depois, Oscar Wilde edita, em livro, o influente romance filosófico como hoje o conhecemos, defendendo o seu trabalho num prefácio histórico que constitui, ele próprio, um manifesto literário e artístico em defesa da arte e dos direitos de quem a cria.
«A única maneira de nos vermos livres de uma tentação é ceder.»