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Um olhar atlântico sobre a realidade negra e africana em Portugal permeia a análise da realidade de imigrantes africanos dos PALOP e de seus filhos no espaço da sociedade portuguesa e, em particular, na cidade de Lisboa. Algumas políticas públicas de cunho multicultural e inclusiva revelam, no caso particular de um bairro de lata, a Quinta Grande e de seus moradores, agora realojados no projecto Alta do Lumiar, que essas políticas prometem tudo, realizam muito pouco e, com isso, geram insegurança que atinge a todos. Em causa a capacidade dessas políticas integrarem a dimensão grupal e colectiva presente e necessária na prática pedagógica, dentro e fora da escola. Diante dos factos e de seu pouco ou nenhum sucesso, defende-se a possibilidade e a potencialidade da Antropologia - em especial a Antropologia da Educação -, como capaz de estabelecer pontes entre universos marcados pela diversidade social e cultural e, com isso, capaz de permitir a compreensão das muitas formas de construção de uma sociedade aprendizagem, intercâmbio e partilha entre diferentes experiências, saberes e culturas.