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Reconstituindo magistralmente uma realidade que é a da época em que ocorre toda esta trama de acontecimentos, a Europa do século XIII, dominada pelo Sacro Império, o autor coloca em jogo forças diversas, mas é em torno de Roç e Yeza, crianças de ascendência divina e destinadas a uma missão de reconciliação e paz, que se desenrola toda a acção. A narrativa tem como personagem principal um monge franciscano, que se assume como cronista dos acontecimentos. Peter Berling, um homem do cinema, adoptou para contá-la uma técnica narrativa que nos coloca diante do enredo como se de uma obra cinematográfica se tratasse, uma espécie de superprodução em caracteres de imprensa. Consegue, sem quebra de continuidade, manter ordenada a complexidade dos elementos narrativos aqui em jogo, e consegue-o de forma a produzir uma obra novelesca extraordinária, de leitura, quase compulsiva.
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