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Cada vez mais, as pessoas têm interesse em conhecer a fundo as origens e hábitos de outras sociedades, culturas, povos, religiões. Os judeus, o dinheiro e o mundo foi escrito para atender a parte desses leitores - aqueles que anseiam compreender de que modo o povo descobridor do monoteísmo se viu na situação de fundar a ética do capitalismo, antes de se tornar, através de alguns de seus filhos, o principal corretor e o primeiro banqueiro desse mesmo capitalismo e, através de outros, seu mais implacável inimigo. É também essencial, para o próprio povo judeu, enfrentar essa parte de sua história, da qual ele não gosta e da qual, na verdade, teria bons motivos para se orgulhar.
Este livro relata a história das relações do povo judeu com o mundo e com o dinheiro. Os objetivos intrínsecos a esta obra são vários, mas pode-se destacar claramente que é preciso responder a perguntas difíceis: os judeus foram mesmo os usurários cuja memória a História conservou? Tiveram com o dinheiro um vínculo particular? São atores específicos do capitalismo? Beneficiaram-se das guerras e das crises para fazer fortuna? Ou, ao contrário, só se tornaram banqueiros, ourives, corretores quando lhes foi proibido o acesso aos outros ofícios? Hoje, são eles os donos da globalização ou seus piores adversários?
EM PORTUGUÊS DO BRASIL.