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Destes treze contos, dois são obviamente autobiográficos, seis estrondosamente paranóicos, um descaradamente plagiado. Dos outros nem é bom falar.
Podia dizê-lo de outra maneira. São todos autobiográficos, na medida em que o texto reflecte sempre os fantasmas do tempo em que o autor vive - e, por conseguinte, os fantasmas do autor. Ou então que nenhum é autobiográfico - quando quiser contar a vidinha fá-lo-ei numa publicação mais adequada ao efeito. Posso andar já a ver fantasmas, mas ainda não estou senil.
De resto, nem acho que os meus fantasmas sejam assim tantos. Não quando comparados com os do nosso tempo - que, esses sim, apre, upa, com a breca, são mesmo muitos.