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Tendo como pano de fundo as tensões políticas no dealbar da Guerra Fria, a Cidade Luz, foco geográfico onde estas tensões diplomáticas primeiro tomaram corpo, é aqui retratada de modo vívido em todas as suas vertentes: social, política, histórica. Paris entre 1944 e 1949 é uma cidade entregue a ajustes de contas de justiça duvidosa, a negociantes do mercado negro que enriquecem à custa de uma população miserável e, redentoramente, a um número crescente de intelectuais e artistas - incluindo Hemingway, Beckett, Camus, Sartre, Beauvoir, Cocteau e Picasso - que se revelar essenciais na sua revitalização e afirmação como capital cultural da Europa.
Um retrato fascinante e muito bem documentado dos inúmeros mundos que Paris contém: dos bordéis aos clubes de jazz, dos tribunais aos vetustos castelos da vieille France no rescaldo da humilhação causada pela derrocada da França e pela Ocupação.