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Esta obra pretende mostrar, ao longo de três volumes, como as instituições familiares se reorganizaram no regime senhorial, acabando por servir de quadro a um exercício impessoal do poder. Com a grande crise social e económica da segunda metade do século XIV inaugurou-se um sistema em que a domesticidade do monarca, ampliada à escala de todo o reino e tornada impessoal nos seus modos de relacionamento, se converteu no Estado moderno. A evolução dos demais tipos de família subordinou-se a esta transformação decisiva. Com o mesmo fim se desenvolveram as formas modernas de dinheiro, possibilitando o funcionamento impessoal do Estado. Este sistema de poder e estes tipos de dinheiro vieram mais tarde a servir de matéria-prima às instituições do capitalismo, que lhes conferiu outras funções e um diferente significado ao inseri-los na estrutura do novo modo de produção.
Neste primeiro volume analisa-se o período em que prevalecia um poder pessoal, com as instituições familiares que o fundamentavam e os tipos de dinheiro que o supunham.