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«Neste volume levei em consideração uma série de factores, subjectivos e objectivos, que procurarei explicar. Para começar, é preciso esclarecer que, em relação à poesia russa, para além dos factores de objectividade ou subjectividade, há outro elemento que é preciso levar em conta: a tradutibilidade. Devido à fonética russa, nesta língua abundam os poetas que vivem, em minha opinião, excessivamente do idioma e que, quando vertidos para outras línguas, não são suficientemente eficazes, não «resultam». É o caso, por exemplo, de Pushkin, considerado o maior poeta russo e que é talvez o menos traduzido. Com outros autores, pelo contrário, dá-se um encontro imediato, sensível e, para além de viverem mais amplamente de elementos que não exclusivamente os linguísticos, o tom encontra rapidamente o seu correspondente na outra língua. É o caso de Maiakovski. Outro poeta que também ocupa muito espaço neste volume é Aleksandr Blok: o poema «Os doze» completo.
É um dos grandes poemas, uma das grandes obras primas da poética europeia deste século, de que se fala muito, mas de que em Portugal não havia nenhuma tradução. Não quis também perder a oportunidade de o incluir neste volume.»
Sinais de uso na capa.