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A participação de Afonso Costa e de outros conspiradores como António José de Almeida, António Maria da Silva, João Chagas, José Relvas, Machado dos Santos, Ricardo Durão, entre outros, foi essencial quando à meia-noite de 4 de Outubro se reuniram no centro operacional da Revolução, no edifício dos Banhos de S. Paulo, muito próximo da Câmara Municipal de Lisboa, onde horas depois haveria de ser anunciada a revolta numa das varandas deste edifício, num ritual que a história republicana repete todos os anos.
Esse dia luminoso chegou à Guarda em 6 de Outubro, já ao final da tarde, quando Arnaldo Bigotte recebeu um telegrama de Lisboa que dava conta da constituição do Governo Provisório presidido por Teófilo Braga e o indigitava a ele como governador civil e representante local da nova ordem política. A notícia era dada pelo jornal local O Combate, que em edição de 8 de Outubro, em grandes parangonas, escrevia o seguinte: Viva a República Portuguesa! Enfim! Redimida, Gloriosa, Vitoriosa! A Pátria a caminho do futuro, viva o Povo Português! Salvé - 5 de Outubro de 1910.