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Uma ponte aérea constituída por 905 voos de companhias nacionais e estrangeiras fez desembarcar em Lisboa, na segunda metade de 1975, milhares de famílias de refugiados de Angola, incapazes de suportar a perseguição, a instabilidade e o conflito entre as facções que disputavam o poder nas vésperas da independência. Perante a ocupação das suas casas, a apropriação dos seus bens, as ameaças físicas e os confrontos diários em todo o território, só lhes restava uma saída: esquecer toda uma vida e fugir. Eram portugueses, mas muitos nunca haviam estado em Portugal, onde o povo pouco ou nada sabia sobre as tragédias e os perigos que tinham vivido em África. E para o Governo, a braços com as réplicas do 25 de Abril, os retornados não eram uma prioridade. Mas, graças a um homem com uma determinação imparável, quase 200 mil portugueses acabariam por chegar a Lisboa através da Ponte Aérea. Sem ele, muitos não teriam escapado com vida.
Pontos amarelos no exterior de algumas páginas.